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Supermercados devem ser força de mudança para futuro mais sustentável

Quando o assunto é sustentabilidade, duas datas caminham para o mesmo objetivo: o Dia Internacional da Reciclagem (17 de maio) e o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho). A Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), atenta à importância do tema, incentiva o setor a adotar cada vez mais medidas que levem as empresas a equilibrarem o atendimento às necessidades humanas e a preservação dos recursos naturais.

Recentemente, o relatório “The State of Grocery Retail Europe” apontou que os supermercados, inclusive, estão em uma posição única para serem força de mudança em direção à sustentabilidade dos negócios. Segundo o estudo da consultoria americana McKinsey, o setor supermercadista deve colocar a sustentabilidade como prioridade estratégica.

Ainda de acordo com o levantamento, apesar de potenciais riscos, os benefícios de adotar medidas sustentáveis podem trazer um aumento de 25% a 30% nos lucros das redes supermercadistas ao longo da década.

Novas tecnologias e maior envolvimento da sociedade

Como parceiras da Acaps, a Direct e a CTRVV (Central de Tratamento de Resíduos Vila Velha) fazem a sua parte para a proteção do meio ambiente. Juntas, as duas empresas, estão há mais de 22 anos no mercado de resíduos. 

Hoje a Direct gerencia e transporta todos os tipos de resíduos líquidos e sólidos, que são os recicláveis (papel, papelão, plástico, alumínio, sucatas no geral), orgânicos, entulhos, inertes, efluentes, resíduos contaminados, perigosos e resíduos de saúde. Eles são classificados como Classe IIB, Classe IIA, Classe I. Já a CTRVV trata da destinação dos resíduos classe IIB (não passivo de reciclagem), Classe IIA e Classe I.

Por mês, as empresas transportam, gerenciam e recebem mais de 30 mil toneladas de resíduos. O trabalho é executado por cerca de 200 colaboradores, que se dividem entre parte técnica, administrativa e operacional.

De acordo com Camila Damo, diretora da Direct e da CTRVV, há investimentos constantes em tecnologia e na busca por empresas que possam dar uma destinação ou um reaproveitamento adequado aos resíduos. “Hoje, contamos com a tecnologia da compostagem acelerada e geração de energia por biogás através do resíduo orgânico. Todos os veículos que transportam os resíduos contam com uma balança embarcada, permitindo que o material seja pesado ainda no cliente e dando mais transparência ao nosso trabalho”, explica.

O processo anterior consistia em levar todos os resíduos diretamente para o aterro sanitário sem aplicação de tecnologia. “Hoje coletamos os resíduos separados, cada um com a sua classificação, recebendo em seguida o tratamento ou beneficiamento mais adequado”, ressalta Camila Damo.

O aterro sanitário, localizado em Vila Velha, ocupa uma área de mais de 105 hectares. Há alguns anos, o local conta com tubulações em PEAD que evitam a queima do gás (lixo) em tubos de concreto. É mais um benefício ao meio ambiente, resultando na redução de metano lançado na atmosfera.

Uma vez separado pelos geradores, o material orgânico é destinado para a célula de compostagem, transformado em adubo e volta para as plantações como um dos insumos para adubação. Já os materiais recicláveis são separados por classificação, modelo e cor e enviados para a indústria para serem inseridos no processo e retornarem ao mercado como produtos reciclados.

Camila Damo destaca que tudo se inicia no momento do descarte. “A segregação de resíduos é dever de todos nós. O assunto deve ser inserido no dia a dia para que se crie o hábito da separação dos resíduos. É preciso ter a consciência de que nem tudo que vai para a lata de lixo realmente é lixo. Uma boa parte pode ser reciclada e voltar ao sistema. Deveríamos ter mais propagandas, mais abordagem do tema nas escolas e campanhas voltadas ao beneficiamento de resíduos. Implantar sustentabilidade é repensar coisas que já existem e construir novas possibilidades”, finaliza a empresária.

Consumidores mais preocupados

Os consumidores de todo mundo estão mais preocupados com a sustentabilidade e deixam a questão influenciar as suas compras em supermercados. A nova edição da pesquisa global FATitudes, da Cargill, apontou que 55% dos consumidores estão mais propensos a comprar um alimento embalado, como biscoitos e batatas fritas, se identificaram uma ação de sustentabilidade. Entre os brasileiros houve um crescimento de 13 pontos percentuais de pessoas que consideram a sustentabilidade como fator importante na hora da compra, se comparadas as pesquisas de 2019 e 2021. No Brasil, hoje esse número é de 74% dos entrevistados.

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