A década de 1980 para a Acaps começa com a gestão de Flávio Schneider, que presidiu a Associação até 1982, retornando para um novo mandato em 1985.
Nacionalmente, na década de 1980, as associações que representavam o setor trabalhavam para fortalecer as empresas nacionais, melhorar o relacionamento com os fornecedores e intensificar as relações com o governo e consumidores, além de dar continuidade à ampliação da representatividade da Abras. A entidade buscava políticas de promoção e de crédito para o setor, assim como o desenvolvimento de tecnologias para os supermercados.
Um dos marcos do período foi a consolidação do autosserviço como o principal canal de comercialização de produtos alimentícios do País, iniciando a década com 13.646 lojas.
De 1983 a 1984, quem esteve à frente da Acaps foi Rômulo Cardoso. Um dos trabalhos do presidente foi disciplinar o horário de funcionamento das lojas. Também foi durante a sua atuação que os supermercados iniciaram as entregas em domicílio.
Na época, a recessão e os saques levaram as lojas a adotarem novos formatos, passando a inserir itens de marcenaria, jardinagem e eletricidade nas prateleiras. Em 1984, em plena crise, os supermercados registraram crescimento real de 0,8% e cerca de 1.000 estabelecimentos abriram as portas no país.
Em 1985 começaram as discussões para a automação dos supermercados. Foi também nessa década que as lojas de sortimento limitado e lojas-depósito se expandiram. O foco era atuar com uma política agressiva de preços baixos.
Defensor do trabalho conjunto, Flávio Schneider retomou a presidência da Acaps para o mandato de 1985 - 1986 e garantiu para a entidade, com a ajuda dos associados, uma sede própria para a realização dos encontros e reuniões.
Na sequência, com a gestão de Wellington Rodrigues (1987 – 1988) a Acaps teve de encarar um consumidor desconfiado e desinformado acerca do que acontecia com a economia por conta do Plano Cruzado. Teve início o processo de disseminação do código de barras no varejo brasileiro.
Em 1989, o processo de informatização ganhou força nos estabelecimentos e a qualidade do serviço e a satisfação do cliente foram a base do trabalho de João Vieira Andrade, que foi presidente da Acaps entre 1989 e 1991. Para isso, ele atuou para integrar cada vez mais pequenos, médios e grandes empresários para a troca de experiências.