No último sábado, 16 de julho, foi celebrado o Dia do Comerciante, categoria que representa um dos pilares do desenvolvimento econômico do país. A data foi criada pela Lei nº 2.048, de 26 de outubro de 1953, que homenageia o nascimento de José da Silva Lisboa, também conhecido como Visconde de Cairu, o Patrono do Comércio Brasileiro. Nascido na Bahia, o Visconde de Cairu foi um dos maiores propagadores do liberalismo econômico no Brasil, defendendo o livre comércio e aconselhando D. João VI a abrir os portos brasileiros ao comércio exterior, em 1808.
“O comércio é um setor de extrema relevância para a economia. Comemorado em 16 de julho, o Dia do Comerciante é um ato do Congresso Nacional que mostra a importância do setor para o desenvolvimento do país. No Espírito Santo, comércio e serviços representam 70% do PIB Estadual, com cerca de 680 mil empregos formais e mais de 130 mil estabelecimentos, sendo 99% micro e pequenas empresas”, afirma o empresário e presidente do Sistema Fecomércio, Sesc e Senac Espírito Santo, Idalberto Moro.
Uma das atividades mais antigas da história, o comércio passou por muitas transformações ao longo dos anos, pautadas pelos desejos e necessidades dos consumidores. Desde o período colonial, quando surgiram os primeiros armazéns, os comerciantes mudaram a forma de se relacionar com os clientes, a partir das transformações vindas com o processo de industrialização, com a evolução das mercearias, com o varejo de autosserviço, com o surgimento dos shopping centers, até o início da transformação digital que levou ao comércio eletrônico.
No Espírito Santo, o setor comercial arrecada 67% do ICMS no Estado, injetando cerca de R$ 8 bilhões na economia. Segundo Idalberto Moro, todavia, ainda há desafios diários, em especial ao que tange aspectos trabalhistas e tributários. “Desta forma, cabe ao empreendedor do comércio estar atento à saúde do seu negócio, acompanhar constantemente hábitos dos consumidores, buscar novos recursos para efetivar vendas, a modernização dos processos e a logística”, pontua o presidente do Sistema Fecomércio.
De acordo com dados da última Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em maio, o comércio varejista brasileiro apresentou estabilidade (0,1%) em relação a abril, registrando cinco meses consecutivos no campo positivo: 2,3% em janeiro, 1,4% em fevereiro, 1,4% em março e 0,8% em abril. Segundo a Associação Brasileira do Varejo (ABV), há uma perspectiva positiva de retomada econômica do setor, com a expectativa de que as vendas aumentem até 12% de julho a dezembro, em relação ao primeiro semestre de 2022.