Encerrando o evento de eleição e posse da nova diretoria para o biênio 2023-2024, a Acaps realizou a palestra “ES – Cenários econômicos e Setores Produtivos: Investimentos, Oportunidades e Tendências”. O tema foi apresentado por Durval Vieira de Freitas, sócio da DVF Consultoria, empresa capixaba que tem clientes em várias partes do Brasil e é associada à Fundação Dom Cabral (FDC) desde 1998.
Especialista em desenvolvimento de negócios e gestão de empresas, o palestrante destacou que o Espírito Santo, em 10° lugar (2022) no Ranking de Competitividade dos Estados, precisa continuar investindo em infraestrutura e gerar mais emprego para aumentar o consumo, fatores essenciais para o crescimento econômico.
O Estado é destaque em vários segmentos, tem competitividade e está preparado para crescer. O Estado é o 2º maior produtor de ovos de granja do Brasil (30 ovos por segundo – Santa Maria de Jetibá); o 2º maior produtor de mamão e pimenta do reino; o 3º maior produtor de cacau e o 2° maior produtor de café no Brasil, com destaque para o café Conilon (1º lugar).
Já há um bom caminho trilhado, segundo destacou Durval de Freitas, pois há diversos investimentos em curso e outros previstos em energia, infraestrutura, siderurgia, mineração, papel e celulose, petróleo e gás. Desses investimentos previstos para o período de 2022 a 2026, a região Sul responderá por 41,2%, a Grande Vitória por 34,4% e a região Norte por 24,5%.
No Sul, em Cachoeiro de Itapemirim, tem programada a implantada de uma fábrica de papel; no Norte, em Aracruz, já a partir de 2023, uma fábrica de papel, além de uma de Bio Oil em estudo. Há, ainda, a previsão de um novo campo offshore entrar em operação em 2024.
O palestrante chamou a atenção para algumas tendências e recomendações que devem nortear o planejamento e o posicionamento das empresas, pois impactam no consumo. O turismo, ressaltou ele, volta fortalecido, com as pessoas valorizando mais a natureza. A proteção dos dados pessoas é um aspecto mais delicado e prioritário; as novas tecnologias se tornam vitais; muitas empresas que não investirem em novas tecnologias vão sumir; o teletrabalho veio para ficar e o comércio digital continuará crescendo, fechando 50% das lojas físicas
A turbulência atual, trazida pela Covid-19 e diversos outros aspectos, exige muito cuidado na gestão. “As mudanças vieram para ficar, serão constantes e rápidas. Teremos um mundo diferente, e as empresas e entidades devem se preparar. As empresas precisam avaliar o potencial do mercado, estudar alternativas tecnológicas, melhorar processos e reduzir custos. É fundamental ser criativo e inovar, ter foco no negócio e trabalhar por resultados, e negociar exaustivamente”, aconselhou Durval de Freitas.
Ele ressaltou, ainda, que para haver crescimento é necessário fazer negócios, o que requer consumo. Já o consumo está diretamente relacionado à existência de investimentos. Por isso, é importante atuar junto aos governos para atrair negócios no Estado, desenvolver mercado fora do Estado e acelerar os investimentos possíveis, públicos e privados.
