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Índice de Perdas no Varejo fica em 1,57%, aponta ABRAPPE

Dado é de 2023 e representa aumento de 6% em relação ao ano anterior

A Pesquisa Abrappe (Associação Brasileira de Prevenção de Perdas) de Perdas no Varejo Brasileiro 2024, realizada com apoio da KPMG e patrocínio da Comex, identificou que o Índice de Perdas do Varejo ficou em 1,57% em 2023, o que representou um aumento de 6% em relação ao ano anterior.

Um dos motivos que podem ter contribuído com o aumento no índice é a mudança no perfil das empresas pesquisadas. Cresceu em 63% o número de companhias participantes com faturamento anual acima de R$ 1 bilhão. O estudo foi feito com 149 negócios distribuídos em 19 Estados. A amostra desta edição é 22% menor que a da anterior, quando 192 empresas haviam respondido.

"À medida que a gente considera empresas de maior faturamento, a gente entende que, como a perda está diretamente associada à quantidade de bens que você transaciona, ela aumenta. Mas tem um dado curioso: provavelmente se a gente estivesse aumentando muito os faturamentos menores, a perda aumentaria porque as empresas maiores têm uma área de prevenção de perda muito mais estruturada", explica Fernando Gambôa, sócio líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul.

A amostra teve um crescimento de 27% no número de companhias que possuem uma área de prevenção de perdas, isso quer dizer que 95% das empresas pesquisadas possuem profissionais focados nisso. Segundo o executivo, essa mudança mostra uma maior maturidade do setor. “A gente tem um bom exemplo de como essa área pode influenciar positivamente. Estamos falando de varejo, que trabalha com margens muito apertadas e essa perda bate direto na rentabilidade”, complementa.

Onde as perdas ocorrem

A maior parte da perda (84%) se dá em quebras operacionais, furtos internos/externos e erros de inventário. Nos supermercados convencionais, FLV (5,93%), Flores (5,52%) e Rotisserie/Comida Pronta (5,12%) são as seções com mais perdas, devido à sua perecibilidade.

Para Gambôa, uma medida importante que pode ser tomada para tentar reduzir esse índice é uma mudança interna na instituição. “Uma cultura de prevenção de perdas tem que ser estabelecida pela alta direção da empresa e a área precisa se estruturar do ponto de vista de processos para poder fazer seu trabalho”, diz.

Como no ano anterior, Mercado conveniência, com 3,86% de perdas, e Mercado vizinhança, com 3,31% de perdas, lideraram o índice, à frente de Supermercado convencional (com 2,5%), Perfumarias (com 2,33%), e Hipermercados, incluídos pela primeira vez no estudo, com perdas de 2,03%.

Fonte: Super Varejo

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