Notícias

Compartilhe nas redes sociais:

Comitê RH traz ensinamentos sobre comunicação interna, dinheiro e liderança feminina

A última reunião do Comitê RH, promovida pela Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) no dia 14 de março, reuniu os profissionais de Recursos Humanos dos supermercados para discutir três temas: “Desafios na comunicação interna e como superá-los”, apresentado pela professora e palestrante Cristina Porto, mestre em Administração e Negócios; “O bem-estar financeiro dos colaboradores como vantagem competitiva das organizações”, abordado por Rodrigo Daud, fundador da Unit, startup de redução de dívidas e saúde financeira para colaboradores; e o programa do IEL-ES (Instituto Euvaldo Lodi) “Mulheres na liderança”.

Cristina Porto, que já realiza um trabalho com a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), provocou os participantes a refletirem sobre aspectos relacionados à comunicação das empresas com seus colaboradores. Para começar, salientou que a comunicação nunca será unilateral e que é preciso ter cuidado com as ferramentas digitais, uma vez que a comunicação tende a se tornar técnica e unilateral, atrapalhando o alcance dos resultados desejados.

“Quando o RH envia um comunicado ou realiza uma reunião entre os colaboradores, é importante identificar como a mensagem está sendo recebida do outro lado. É preciso ter essa preocupação e é responsabilidade do setor que o outro entenda o que foi dito. E, mais do que criar canais de informação como murais ou intranet, por exemplo, é fundamental questionar o porquê da sua implantação. Perguntas como ‘o que se quer comunicar?’ e ‘o que se pretende?’ devem ser feitas antes”, ensina.

Segundo Cristina, a comunicação tem a função estratégica de conectar e criar vínculos. Ao mesmo tempo, pode influenciar para o positivo ou para o lado negativo. Ela citou que a história é marcada por exemplos de pessoas que foram grandes influenciadores por conta da comunicação assertiva e que as empresas devem perseguir esse nível de persuasão.

Como ensinamento, Cristina apontou a necessidade de exercer uma escuta ativa, que demonstra o interesse genuíno sobre o que o outro está dizendo. “É isso que irá ajudar a construir uma relação de confiança entre as partes, estabelecer vínculo e trazer transparência. Só vamos ser assertivos na comunicação se por vezes silenciarmos”, orientou.

Já Rodrigo Daud dividiu com os participantes da reunião os seus conhecimentos sobre educação financeira. Como ex-endividado, abordou pontos que merecem atenção por parte das empresas, de modo a obterem colaboradores mais satisfeitos e felizes. Ele afirmou que se trata de um tema amplo e destacou a conexão do dinheiro com demais áreas da vida, influenciando a carreira, a produtividade e o dia a dia das pessoas nas organizações. “Vivemos uma relação dicotômica com o dinheiro”, ressaltou.

 Prova disso é a pesquisa feita pelo instituto de pesquisas Ipec, que apontou que o dinheiro é o principal desejo dos brasileiros para 2023. Porém, é ele a maior causa de estresse, de depressão e de divórcio entre os casais. “Existe uma relação de conflito entre a necessidade e o desejo”, comentou Rodrigo.

 Outro dado apresentado pelo palestrante é o de que 56% dos brasileiros acreditam que os sonhos de consumo traem mais motivação. No entanto, uma boa parte das pessoas têm dificuldade de alcançarem seus sonhos. “É aí que a empresa tem o papel de ajudar o funcionário, mostrando a ele que possui o melhor ambiente para atingir os seus objetivos. Quanto mais ele percebe isso, mais engajado e motivado fica o profissional”, destaca.

 De acordo com Rodrigo, a preocupação com o tema deve estar presente em todas as empresas, independentemente do tamanho que tenham. “A alta gestão precisa entender a importância até que seja uma prioridade. Hoje a empresa não tem apenas a função de oferecer remuneração”. Ele diz ainda que é preciso ir além, mostrar que se preocupa com o colaborador e que existe o compromisso com aspectos como segurança, qualidade de vida, desenvolvimento e educação financeira. “O estresse financeiro custa caro para as organizações. É algo que compromete a produtividade e que aumenta as chances de pedidos de demissão”, alertou.

 Por fim, os profissionais de RH conheceram o Programa Mulheres na Liderança, desenvolvido pelo IEL-ES. Lançado recentemente, tem o objetivo de desenvolver o autoconhecimento e o protagonismo das mulheres no ambiente corporativo, sendo indicado tanto para as que já possuem cargo de comando quanto para quem deseja se transformar em uma líder.

BOTÃO-NOTICIAS-SITE

Outras Notícias