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Motivação, segurança e cuidado com o colaborador para promover a inovação

Segundo painel do Fórum debateu sobre o engajamento das equipes para a conquista de objetivos inovadores

A inovação está pulverizada na empresa como um todo. Não importando a função da pessoa ou a área em que atua, ela tem o poder de contribuir com a inovação, ajudando nas soluções de problemas e no atendimento de expectativas do cliente. Esse foi um dos consensos nos debates do painel “Pessoas e Inovação: Como liderar e motivar equipes para alcançar objetivos inovadores?”.

O painel foi conduzido por Bruno Felix, coordenador executivo, professor e pesquisador da Fucape Business School, que teve como convidados para refletir sobre a temática, Fabiana Vieira, diretora de Gente e Gestão do Extrabom Supermercados, e Cosme Péres, diretor de Gestão de Pessoas do Carone Supermercados.

Um pesquisador apaixonado por motivação, Bruno Felix lembrou que é importante estar atento ao que a ciência tem falado sobre motivação. No passado, as pessoas eram pagas para fazerem o trabalho mais rápido, em funções repetitivas. Hoje, o colaborador, de qualquer área, está observando o cliente e percebendo com o que ele não está satisfeito, e passa a ter um papel que soma para a estratégia da empresa.

O desafio, então, segundo Felix, passa a ser como extrair o máximo de engajamento do colaborador, com o engajamento sendo compreendido como uma dedicação extra e voluntária, assim como ocorre com escolas de samba e igrejas, em fenômeno que inclusive vem sendo estudado.

Diretor de Gestão de Pessoas do Carone Supermercados, Cosme Péres pontuou que uma característica típica do setor supermercadista para a inovação e que deve ser vista como uma facilitadora no processo é a simplicidade. “Nos supermercados se tem uma facilidade de criar relações simples e de simplificar, diferentemente do que ocorre em outros segmentos, que não enxerga o óbvio. Inovação está no simples também”, disse.

Por isso, para ele, é importante escutar, ouvir a cada momento o que o "piso de loja" tem a nos dizer. As lideranças precisam estar capacitadas e prontas para ouvir. Como se pede que cada colaborador trabalhe para proporcionar uma boa experiência para o cliente, um ponto fundamental, segundo Cosme Péres, é pensar na experiência do colaborador, cuidar do seu emocional e levar números e informações para que ele “jogue junto o jogo com a empresa”.

Para Fabiana Vieira, diretora de Gente e Gestão do Extrabom Supermercados, a inovação não é uma questão de processo, sala ou de área, é uma questão cultural. “É o desejo de fazer e precisa ser entendido que você inova quando resolve um problema. Nesse processo, é fundamental ter propósito e visão claros, sendo bem comunicados internamente para os colaboradores de toda a empresa”, afirmou.

A diretora lembra que é necessário saber escutar para ter acesso a algo tão rico que são as ideias das pessoas. Assim, o desafio da inovação passa por ter uma organização em que as pessoas têm segurança para participar, em que o líder dê possibilidade para que as pessoas apresentem ideias. “É preciso criar um ambiente onde as pessoas queiram participar e tenham segurança para isso”, pontou.

Na Rede Extrabom, o conceito é ser uma empresa justa e não boa. Para isso, além de manter as lideranças capacitadas, o trabalho tem como base indicadores, resultados a serem entregues e recompensas, e, também, processos de cuidado do colaborador bem desenhados e executados. “Trabalhamos com a premissa de que cuidar de gente dá resultados”, disse.

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