Evento reuniu coordenadores dos Fóruns Estaduais, Regionais e Nacional
O Espírito Santo sediou, no dia 26 de março, a primeira reunião de 2024 da Coordenação Ampliada do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos, grupo que reúne coordenadores de Fóruns de diversas regiões do nosso país, com o objetivo de discutir questões relacionadas ao assunto.
O Fórum Nacional busca promover debates e atividades que visem proteção da saúde coletiva e do meio ambiente contra os danos causados pelo uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil. Uma das instituições que compõe o Fórum Nacional é o Fórum Espírito-Santense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos (FESCIAT), coordenado pela Promotora de Justiça Isabela de Deus Cordeiro, anfitriã dos trabalhos da reunião realizada na sede da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Espírito Santo.
Atenta à temáticas que impactam o setor supermercadista e a segurança alimentar, a Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) é uma das entidades que integram o Fesciat e marcou presença no evento, representada pela coordenadora de Capacitação e Comunicação, Adriane Avide.
Cenário no Espírito Santo
O membro do FESCIAT e doutorando em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Paulo César Aguiar Junior, expôs resultados parciais de levantamentos feitos pelo Fórum Espírito-Santense, apresentando números referentes ao volume de ingrediente ativo de agrotóxicos comercializados no Estado, no período de 2013 a 2022. Em um universo de 729 amostras de 23 alimentos, o total de 199 (27%) foi considerado insatisfatório quanto ao nível de ingredientes ativos detectados e, dentre as amostras consideradas insatisfatórias, 74% apresentaram princípio ativo de uso proibido.
Além do trabalho contínuo de análise e identificação das contaminações nos alimentos, uma das ações realizadas pelo Fesciat e que contribui para um avanço significativo no combate aos impactos dos agrotóxicos e transgênicos no âmbito do Fórum Nacional, é a criação da Comissão de Agroecologia e Produção Orgânica, destacada pela coordenadora geral Isabela de Deus Cordeiro.
Soluções
O encontro promoveu o diálogo e o alinhamento sobre as ações que devem ser realizadas em conjunto para aprimorar o combate aos agrotóxicos e transgênicos e potencializar a produção orgânica e a agroecologia. A reunião também abriu espaço para informes dos fóruns regionais e estaduais, que destacaram as ações desenvolvidas e em andamento, como o trabalho em parceria com movimentos sociais, bem como os desafios e as frentes de luta em prol da segurança alimentar.