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Desafios da relação entre as diferentes gerações

Palestrante destacou que a sucessão requer diálogo e respeito

Na primeira palestra do Fórum Empresarial, a especialista em Psicologia Organizacional, Danielle Quintanilha, iniciou sua abordagem comentando que sucessão familiar é um tema que inquieta e nunca termina, com a empresa sempre se questionando sobre qual será o próximo passo. Ela apresentou estatísticas que mostram que a sucessão e o profissionalismo nas empresas familiares precisam ser priorizados: 70% chegam à segunda geração e somente 28% passam para o comando da terceira. Os negócios chegam para a quarta geração em apenas 5,7% dos negócios.

 A palestrante enfatizou que o resultado das relações na família, positivo ou negativo, vai impactar na sucessão. E que, ao mesmo tempo, dependendo de como está a relação na empresa ela vai impactar negativamente na família. “Quem está hoje no comando de uma empresa familiar precisa ter um olhar generoso na perspectiva de cada geração. Cada um uma tem o seu valor e a sua contribuição. É importante ter em mente que não se está ali para convencer quem está certo ou errado. Se está ali para construir junto uma jornada. Assim, saber a dor de cada um faz toda a diferença”, disse.

E também apresentou dicas simples e práticas. "Escutar membros da família que não estão no negócio ou uma pessoa de fora contribui no processo. A sucessão é uma jornada longa e conjunta entre gerações e necessita de ações para sucedidos e sucessores. Requer muito diálogo e planejamento cuidadoso”.

Comentou que a perenidade das empresas familiares requer construção de afeto, que muitas vezes é iniciado ainda na infância, quando potenciais herdeiros passaram horas vendo seus pais trabalhar. Se não tiver afeto, na primeira oportunidade que um herdeiro receber o negócio ele vai querer sair dele, vender.

Profissionalizar a empresa, de acordo com Danielle, não significa somente trazer profissionais de fora, mas sim ter comportamentos e atitudes profissionais. Uma das ações necessárias para evitar conflitos familiares é estabelecer regras, critérios e acordos de sócios, onde um entra, outro não, quem progride e tantos outros aspectos.“É fundamental ter respeito, generosidade e acolhimento entre gerações, conversar sobre a expectativas de cada um em relação ao negócio e sobre os desconfortos. Tudo gera maturidade. Para que o negócio seja longevo, o sonho precisa ser compartilhado entre as gerações”, ressaltou. 

 

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