Rede Pague Menos inaugura Central de Panificação em Nova Odessa (SP)
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O varejo está em contante transformação e evolução, isso já sabemos. A tecnologia avança e os consumidores, cada vez mais exigente, querem e demandam que o setor varejista os acompanhe e explore estas mudanças com a velocidade da luz. Se olharmos para trás, não precisamos ir muito longe, enxergamos uma revolução grande, onde o varejo alimentar era praticamente focado em lojas físicas, e agora está envolvido com as novas tecnologias e cada vez mais moderno e conectado.
Mas não somente no varejo alimentar acontecem estas mudanças e muitas delas podem ser aplicadas ao nosso setor. Podemos colher ideias e boas práticas de outros segmentos. Um exemplo é a nova flagship da varejista espanhola fast-fashion Zara. O novo conceito inaugurado no último mês no Shopping Pateo Higienópolis em São Paulo traz um ambiente totalmente integrado ao ambiente digital e online, isso mesma loja física e virtual ao mesmo tempo. Como funciona? Vamos descrever no próximo parágrafo.
O cliente entra na loja, por meio do aplicativo, agenda um horário no provador e se direciona a ele com as roupas escolhidas. O provador tem contador digital, que conta automaticamente a quantidade de peças e indica a cabine para uso. Todo o processo de agendamento e direcionamento é feito digitalmente. Caso não tenha o tamanho, cor ou o produto desejado, ele pode comprar online e retirar em uma das lojas ou receber no conforto de sua casa. Há também caixas de autoatendimento, o que era algo inédito em algumas varejistas de moda, dando esta liberdade, que o cliente do varejo alimentar já conhece.
O que queremos mostrar com isso? Que todas estas experiências multicanais, formatos e possibilidades são para ampliar o conforto e a conveniência dos clientes. O cliente é o foco de nossa atenção, por isso o varejo evolui e enfrenta desafios para se superar. É um jogo de superação, provocações e estímulos que o setor enfrenta e navega explorando situações ainda inexploradas.
Precisamos perceber estas instigações e integrar os canais, para sair do mundo fragmentado, que acaba gerando uma jornada de compra insatisfatória, o que não queremos, pois o foco é o nosso cliente e queremos que ele saia satisfeito e, o principal, volte porque aprovou a experiência.
Sabemos que há muito por vir, por isso, separamos algumas estratégias, transformações que ainda não estão sendo percebidas e outras, podemos dizer, dicas para o varejo ter sucesso amanhã e continuar a sempre ter. E que o nosso shopper goste e aprove.
Confira a seguir:
Como já falado ao longo do texto, a experiência omnichannel ou multicanal está amadurecendo, e desempenha um papel cada vez mais presente. Por isso agora, focar no cliente é o alvo. Ele não vê os canais, ele não quer perceber e nem ter que pensar nisso, mas ele vê a marca, o nome da sua rede como um todo, ele acredita nesta personalidade única da marca supermercadista e que ela tem um papel importante. Ele não vai mais somente numa loja, ela vai na rede varejista, com nome e sobrenome, pois ela oferece a conveniência que ele quer.
Sabemos que o cliente está cada vez mais centrado em seu bairro e nas suas proximidades. Ele redescobriu o varejo local. Em um estudo do Think with Google de 2022, aponta que as pesquisas online por empresas locais dispararam nos últimos dois anos. O cliente quer uma conexão com a sua personalidade, com seu estilo e com o seu local de convivência.
As lojas de bairro são pontos de encontro, troca de experiências, onde os varejistas conhecem seus clientes, sabem o que eles gostam e os chamam pelo seu nome próprio. Há uma história local, há uma identidade e uma conforto. Isso gera emprego para o bairro e faz com que favoreça o crescimento local, apoiando a economia do pequeno e do médio empreendedor.
Publicidade é a alma do negócio. Já ouvimos isso de muitos comunicadores, porque o que eles querem é atrair o cliente para seus produtos. Mas hoje temos uma nova configuração, o retail media ou simplesmente mídia de varejo. Ou seja, são núncios digitais publicados em sites de varejistas, algo que está aumentando exponencialmente na América Latina. O varejo vende um espaço, físico ou digital, para os produtos da indústria, atraindo a atenção do shopper e ainda gerando receita sem grandes investimentos.
Dados do relatório “Latin America Merketing and Retail Media Trends Survey 2023”, produzido pelo eMarketer/ Insider Intelligence em colaboração com sete IABs (Internet Advertising Bureaus) mostra que 54,8% das empresas investem em retail media, empatando com a mídia programática. Os resultados estão aumentando e mostram-se mais positivos que as campanhas publicitárias tradicionais, e isto inclui também redes sociais e mecanismos de busca. É só uma questão de tempo para os anunciantes migrarem seus investimentos para o retail media, pois os consumidores agora preferem ir diretamente aos sites de e-commerce e pesquisarem por lá o que querem comprar.
Mas o retail media não se limita ao digital, a loja física pode aplicar também. Algumas varejistas estão fazendo parcerias estratégicas para atingir seus clientes no ponto de venda.
Veremos os varejistas se tornando grandes players de mídia, influenciando em números e, o mais importante, no faturamento.
Com as mídias sociais, vimos o surgimento de criadores de conteúdo, os antigos blogueiros, os atuais influenciadores, youtubers, que amplificam vozes na internet e facilitam o contato com o consumidor. O consumidor quer ouvir alguém próximo a ele, que se pareça com ele, e que fale sua linguagem. Ele quer esta proximidade com estes criadores.
Não importa os números de seguidores, se é micro ou uma celebridade digital, o varejista precisa estar atendo a capitalizar dentro desta onda, e reconhecer o engajamento, e que precisa que falem de sua marca, de sua rede, de forma única e personalizada.
Ele precisa encontrar esta voz e tornar a linguagem participativa e que engaje com experiências vívidas e reais. Trazer autenticidade e interação, e navegar por esta área é estudar o comportamento deste consumidor e de quem ele segue.
A nova geração Z e até as outras anteriores estão sendo guiadas e impulsionados pelo que a marca reflete. Eles querem enxergar um propósito na compra, na marca e alinhar isso aos seus valores pessoais. É necessário que a empresa seja transparente e verdadeira para atrair o público. Não é atirar para todos os lados, mas verificar a sua missão e valores, para ressaltá-los e trazer aquele consumidor que se conecta com a sua marca.
Sabemos que os leitores da Superhiper gostam de dados, então, só para vocês terem ideia, a McKinsey & Company destacou que 70% dos consumidores da Geração Z buscam produtos de empresas éticas e o The Boston Consulting Group relata que 62% estão dispostos a pagar mais por produtos de empresas alinhadas a seus valores. Já a NielsenIQ apontou que metade dos consumidores preferem marcas comprometidas com a sustentabilidade. Dados importantes de empresas renomadas reforçam esta preocupação.
Acreditamos que isso seja suficiente para levantar a questão e fazer com que sua rede reflita a forma de comunicar, se o seu propósito é claro e genuíno, e que ele seja alinhado com o que você realmente pratica.