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Inteligência Artificial deixa comércio eletrônico mais eficiente

Algoritmos analisam compras e fazem recomendações do melhor mix de produtos para cada loja e dos melhores preços para cada dia

 

O comércio eletrônico teve um salto de 225% no Brasil desde o início da pandemia de Covid-19. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o total de vendas online no país passou de R$ 57 bilhões em 2019 para R$ 187 bilhões em 2022. Os dados são do Observatório do Comércio Eletrônico.

 

Essa explosão de demanda gera desafios para o varejo online. Em algumas cidades do Brasil, as plataformas de e-commerce já fazem entregas em menos de 24 horas após os pedidos, porém, quando se trabalha com milhares de produtos distintos é preciso ir além de um rigoroso controle de estoques. É aí que entra a Inteligência Artificial.

 

Os algoritmos desenvolvidos para este setor analisam, em tempo real, o comportamento dos consumidores nos sites de compras e recomendam aos varejistas qual o mix ideal de produtos para cada período do ano ou região do país. Tudo isso bem antes dos clientes decidirem o que irão adquirir.

 

Vale ressaltar que eles são programados de acordo com a estratégia comercial e financeira de cada varejista. Desta forma, se o robô detectar qualquer risco em algum ponto crítico do negócio, ele mesmo emite alertas e recomendações de quais ações devem ser tomadas para corrigir a rota. Por exemplo, se alguma variável impactar as vendas de um produto estratégico, a Inteligência Artificial sugere uma promoção relâmpago, regulando os estoques e preservando as margens de lucro.

 

Mas, como utilizar essa solução nos supermercados online?

 

Uso prático no setor supermercadista

 

“É perfeitamente possível utilizar a solução de Inteligência Artificial para recomendações de mix de produtos em lojas virtuais de supermercados. O principal desafio, neste caso, é encontrar um mix ideal para o e-commerce – cuja principal vantagem é não ter a limitação física da gôndola – e, ao mesmo tempo, manter a saúde do estoque, de acordo com a estratégia de cada varejista”, avalia Victor Rosa, da iEVO, empresa especializada em automação de decisões de negócios.

 

Sabemos que quanto maior a variedade de marcas em um estoque maior a chance de que alguns itens fiquem parados, uma vez que sempre haverá marcas com menor giro. Porém, os supermercados virtuais (ou digitais) precisam ter essa grande diversidade, pois o consumidor quer ter opções. “O papel do algoritmo da iEVO é analisar as condições ideais do estoque em tempo real, considerando a estratégia comercial da empresa, o histórico de vendas de cada produto e as ações de marketing de cada período, sempre buscando o equilíbrio entre oferecer opções diferentes ao consumidor e manter um estoque saudável”, completa.

 

A recomendação do algoritmo para o mix ideal vai depender de quanto o varejista deseja ter de estoque mínimo para cada produto versus as tendências de comportamento do consumidor, que a IA analisa de acordo com o histórico e também em tempo real, fazendo inclusive sugestões de promoções e de campanhas de vendas de itens complementares de acordo com os itens selecionados pelo cliente em seu carrinho virtual.

 

O algoritmo está permanentemente cruzando essas variáveis para compor a melhor recomendação de mix de produtos para cada dia. A IA sempre irá buscar o equilíbrio entre o volume ideal de estoque para cada produto, considerando quanto é possível aproveitar a loja virtual para promover as vendas de acordo com esse mix.

 

“Essas variáveis podem ser calculadas para operações de qualquer porte, inclusive para lojas com médias de 6 mil a 12 mil skus, como as de supermercados no e-commerce. O que faz a diferença é a estratégia e o investimento de cada varejista na gestão do seu estoque no comércio eletrônico”, finaliza Victor Rosa.

 

Redação SuperHiper 

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