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Ao abrir mão de esteriótipos, marcas têm muito a ganhar com a experiência e as vontades das pessoas idosas
A experiência de consumo dos idosos foi pauta de um debate desenvolvido pela Sociedade Britânica de Gerontologia. A entidade realizou três seminários ao longo do ano para aproximar a comunidade dos negócios, de forma a entender esse público – e seu poder e desejo de consumo – levando em consideração designs atrativos e uma comunicação não estereotipada dessa população.
“Quando envelhecemos, passamos 80% do nosso tempo na comunidade onde vivemos. Esse é um grupo que é impactado pela acessibilidade e percepção de que faltam atendentes solícitos”, afirma Alisa Forbe, especialista em varejo. Para ela, há espaço para melhorar o atendimento em todos os pontos de contato, especialmente em setores como cafés, bares, restaurantes e cafés. “O serviço de qualidade passa pelas boas-vindas que fazem com que a pessoa se sinta acolhida, atende às necessidades do cliente e respeita sua individualidade”, afirma.
Nesse cenário, as embalagens foram apontadas como um ponto crucial no atendimento às necessidades das pessoas idosas. Mais de 60% dos entrevistados pelo psicólogo George Lee, julgaram “problemáticas” as embalagens de alimentos e remédios. “Ou seja, simplificar a tecnologia não é algo que se aplique apenas a celulares. Ao mesmo tempo, temos que aprimorar as habilidades digitais dos idosos”, afirma o especialista.
E as propaganda também poderiam adotar um tom mais cordial, já que um em cada três idosos sentiu algum tipo de preconceito por causa da idades, o que reflete na sua autoestima e saúde mental. “A representação mais recorrente é a de seres frágeis e vulneráveis. Há ainda a imagem de mentores experientes e sábios, reservada quase que exclusivamente a homens; ou de indivíduos ricos e felizes, engajados em atividades físicas e lazer, uma visão exagerada e pouco realista”, esclarece Eric Kihlstrom, diretor da Older, agência especializada em campanhas para o público acima dos 50 anos.
Assim, é importante conhecer o público e entender as especificidades do seu perfil, tentando personalizar o atendimento – mas, sem cair em esteriótipos. O respeito à diversidade deve ser uma bandeira, não só por ser uma estratégia de marketing social e, sim, para respeitar a trajetória de cada um dos consumidores, independentemente da sua idade.
Com informações do G1