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Faturamento da Heineken cresce quase 10%, puxado pelo Brasil

Produtos segmentados garantem à indústria holandesa o bom momento no mercado internacional

 

As vendas globais da cervejaria holandesa Heineken cresceram 9,7% em volume no segundo trimestre deste ano, para 70,4 milhões de hectolitros, puxadas por mercados como o brasileiro, onde houve avanço de dois dígitos.

 

A Heineken só divulga resultado financeiro do semestre. De acordo com os critérios IFRS, de janeiro a junho deste ano, a receita líquida cresceu 34,7% ante um ano antes, para € 13,48 bilhões de euros. O lucro líquido foi de € 1,26 bilhão, um avanço de 22,3%.

 

No Brasil, um dos principais mercados do grupo e o maior para a marca Heineken, a receita líquida (antes de itens excepcionais e amortização) cresceu entre 34% e 36% (“mid-thirties”), “impulsionada por preços acima da indústria, ‘premiumnização’ e crescimento de volume”, diz a empresa.

 

O volume de cerveja vendido superou o mercado, acelerando seu crescimento no segundo trimestre entre 20% e 23% e crescendo nesse mesmo patamar no total do primeiro semestre. Os portfólios ‘premium’ (Heineken) e ‘mainstream’ (Amstel, por exemplo) cresceram em volume cerca de 30%. As linhas de cervejas econômicas tiveram queda de pouco mais de 20% (“low-twenties”).

 

A Heineken reiterou sua projeção para 2022, em que prevê que sua margem operacional fique estável ou apresente uma melhora modesta em relação ao ano anterior. No semestre, a margem operacional (excluindo itens não recorrentes e amortizações) foi de 16%. Já para 2023, a projeção se altera, considerando um crescimento orgânico de lucro operacional de um dígito médio a alto.

 

A cervejaria observa que o atual ambiente inflacionário tem levado a ações significativas de precificação e gestão de receitas em todo mundo, para compensar o aumento na cotação dos insumos e outros custos.

 

Segundo o grupo, a demanda do consumidor tem sido resiliente no primeiro semestre, mas há um risco crescente de que a pressão sobre o poder de compra afete o consumo de cerveja. A empresa diz que sua política de preços e gestão de receitas tem conseguido compensar o aumento das commodities, que começam a sinalizar uma melhora, mas que há preocupação em relação ao preço do gás natural na Europa.

 

“Nosso programa de produtividade continua em ritmo acelerado, elevando o montante poupado para € 1,7 bilhão até o fim de 2022 em comparação com a base de custos de 2019. Isso continuará a compensar as pressões de custo e a permitir maiores investimentos em suporte à marca, nossa transformação digital e iniciativas de sustentabilidade.”

 

Fonte: Raquel Brandão, Valor

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