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Abraçar a omnicanalidade, tornar a loja física protagonista e se atentar às demandas das novas gerações de clientes são a chave de um futuro promissor no segmento
Em um cenário em que as expectativas para o e-commerce são de pleno crescimento, em que espera-se que o setor atinja R? 185,7 bi em 2023, de acordo com a ABComm, saber as estratégias que funcionam no presente e as que têm potencial para funcionar no futuro são tarefa fundamental para negociantes do meio.
Omnicanalidade, phygital, prateleira infinita, loja física como protagonista, Big Data e estar atento às novas gerações são alguns pontos que os especialistas veem como primordiais para o setor do varejo. Saiba como colocá-las em prática no passo a passo desenhado por Juliano Ricardo Regis, gerente comercial do Myrp Enterprise. As dicas abrangem o varejo em geral e foram adaptadas ao setor supermercadista pela redação da SuperHiper. Confira.
Também chamada de estratégia omnichannel, a omnicanalidade consiste na convergência de canais físicos e digitais para um processo de compra integrado e contínuo, uma estratégia que pode ajudar a entender melhor as preferências e comportamentos de compra dos consumidores. Ao captar dados de todos os canais de compra, tanto presencialmente quanto pela internet, a operação é capaz de entender as necessidades de seus clientes e definir planos de ação mais claros e eficazes, com foco no resultado.
A convergência também permite que o cliente escolha a maneira mais conveniente de começar e finalizar sua compra, escolhendo quando e onde vai concluir cada uma das etapas da jornada. Ele pode ver um produto na loja física, por exemplo, e finalizar a compra online — e vice-versa. Essa flexibilidade permite que o consumidor fique livre para trocar de formato durante a escolha e teste dos produtos ou serviços. A estratégia ajuda, ainda, a evitar a ruptura na jornada de compra, uma vez que os estoques também ficam interligados com a união dos diferentes canais de venda.
O varejo físico tem muita relevância para a experiência de compra. Poder ver ao vivo um produto anteriormente visto no online, experimentá-lo, analisar a sua qualidade, são fatores decisivos na hora de comprar. Da mesma forma, quando ocorre o caminho com o cliente vendo primeiro na loja física, e depois comprando no online. Aderindo ao phygital, empresas oferecem experiências de compra fluidas e mais completas, marcando presença onde o cliente estiver, seja no e-commerce ou na loja.
Segundo dados da Adyen, empresa com serviços voltados a pagamentos, o varejo mundial perde cerca de US? 4,1 bilhões por ano devido à ruptura na jornada de compra. O número mostra a importância dos negócios entenderem e aderirem à estratégia de prateleira infinita, que interliga estoques de fábricas, centros de distribuição, lojas virtuais e físicas, que acabam se tornando “hubs de distribuição” também. Assim, se um item estiver em falta em determinado ponto de venda, a prateleira infinita localiza onde está o produto disponível mais próximo e disponibiliza-o.
A loja física tem se tornado cada vez mais importante no processo de vendas online. Muitos clientes pesquisam na internet, mas querem ver o produto na vida real antes de comprá-lo. Muitas vezes, preferem realizar a compra de forma virtual e retirá-la na loja física, evitando a espera pela entrega. Por isso, é importante investir na experiência do consumidor na loja física, oferecendo um ambiente agradável, com bom atendimento e produtos disponíveis para visualização e experimentação.
A digitalização do varejo é fundamental para acompanhar as mudanças no comportamento do consumidor. Não basta apenas criar uma loja virtual, é preciso tornar-se digital. Isso significa incluir tecnologias e sistemas que possibilitem experiências de compras digitais no ponto físico, por exemplo, telas interativas, realidade aumentada e outras tecnologias, que permitam um contato entre os consumidores e os produtos de forma inovadora.
Utilizando tecnologias de Big Data e Inteligência Artificial, é possível analisar os dados de vendas e de comportamento do consumidor para criar produtos personalizados e atender melhor às necessidades dos clientes, melhorando a experiência e prevendo o que eles possam querer comprar.
Por último, mas não menos importante, os negócios devem se manter atentos às novas gerações e seus hábitos de compra. Até o ano de 2030, estima-se que a geração Z será detentora de uma renda de US? 33 trilhões, segundo pesquisa do Bank of America, e que, junto à geração Alpha, será cerca de metade da população, demonstrando a relevância de, desde já, atentar-se a essas gerações, seus interesses e impeditivos antes de comprar.
As empresas que conseguirem entender as preferências desses consumidores e oferecer experiências que atendam às suas expectativas terão uma vantagem competitiva no mercado. Segundo estudos da consultoria GoAkira e a Fecomércio, 97% dos jovens possuem mídias sociais como principal fonte de inspiração na hora de consumir, e é também um público sempre em busca de experiências imersivas.
Redaçaõ SuperHiper