Rede Pague Menos inaugura Central de Panificação em Nova Odessa (SP)
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Por Renato Müller
O consumidor americano, quem diria, vem aderindo ao parcelamento como forma de manter seu poder de compra, levando a prática até mesmo aos supermercados. Diante de um cenário de perda de poder de consumo, os consumidores estão aderindo às parcelinhas até mesmo para a compra de bens essenciais – algo que não é comum no Brasil, onde o parcelamento é uma prática que vem de décadas mas não é frequente na compra de alimentos.
Um estudo realizado pela PYMNTS nos Estados Unidos mostra que 20% dos consumidores já pagam suas compras de supermercado em prestações, mostrando que o “buy now pay later” se tornou parte importante do arsenal de consumo da população. De acordo com o estudo, 60% dos consumidores compraram algum produto de forma parcelada nos últimos 12 meses, e 34% deles usaram o parcelamento na compra de alimentos.
A categoria mais popular em compras parceladas é a de vestuário (40%) e 73% dos Millennials usaram a modalidade de pagamento parcelado, fazendo desse o grupo que mais adota esse caminho. A justificativa para esse comportamento? “A capacidade de gerenciar seus gastos e seu crédito”, segundo o estudo.
Durante décadas, os americanos viveram sem parcelamento nas compras, optando por usar o crédito rotativo dos cartões de crédito, que cobravam taxas baixíssimas. Com a “tempestade perfeita” do pós-pandemia causada pela alta dos juros, aumento da inflação, fim dos programas de benefícios e volta do pagamento das prestações do crédito estudantil, uma parcela enorme da população viu o orçamento ficar bastante apertado – o que abriu terreno para o crescimento dos pagamentos parcelados nas despesas correntes.
O mercado de “buy now pay later”, segundo o estudo da PYMNTS, movimentou US$ 309 bilhões nos Estados Unidos e deve crescer mais de 25% até 2026.