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Banco Central publica Relatório da 1ª fase do Piloto Drex

Está disponível no site do Banco Central (BC) o Relatório da 1ª fase do Piloto Drex. A publicação traz as principais ações e os desenvolvimentos da 1ª fase do Piloto Drex, ocorrida entre julho de 2023 e outubro de 2024.

O relatório destaca o “trilema” enfrentado nesse início do Drex: uma solução que resolvesse, ao mesmo tempo, questões de descentralização, programabilidade e privacidade. Além disso, foi preciso pensar quais seriam as recomendações para os próximos passos da iniciativa.

Com setenta e três páginas, essa é a primeira edição do Relatório do Piloto Drex. A intenção é que cada fase do Piloto tenha seu próprio relatório. O propósito é dar a maior transparência possível aos trabalhos e resultados do Piloto Drex.

Início

O Piloto Drex é a fase de testes para operações com o Drex, a moeda digital brasileira. Nesta etapa, o Banco Central avalia o funcionamento da plataforma utilizada para simulação de operações com ativos digitais (“tokenizados”).

"O desafio e compromisso nesta fase inicial é garantir a privacidade das transações financeiras, conforme determina a Lei Complementar 105, de 2001 (Lei do Sigilo Bancário), e avançar com a programabilidade e a descentralização de ativos", disse Fabio Araujo, coordenador da Iniciativa Drex e Consultor do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban) do BC.

Ele também salientou que é importante destacar que nenhum teste do Piloto Drex envolve clientes ou ativos reais, e sim fictícios. 

Na 1ª fase do Piloto, as funcionalidades de privacidade e programabilidade foram testadas por meio da implementação de um caso de uso específico – um protocolo de entrega contra pagamento (DvP) de título público federal entre clientes de instituições diferentes, além dos serviços que compõem essa transação. 

Esse caso de uso permitiu focar em soluções de privacidade, uma vez que promoveu a troca de informação entre os vários participantes da plataforma. Ele também testou programabilidade dos serviços oferecidos e sua interoperabilidade. 

O Relatório conclui que é necessário maior aprofundamento para garantir a adequação da plataforma aos requisitos de privacidade, proteção de dados e segurança.

Em andamento 

Atualmente, o Drex está na 2ª fase do seu Piloto. O foco são os casos de uso e seus potenciais benefícios para o sistema financeiro e a sociedade. Nesse contexto, estão sendo testados a implementação de 13 serviços financeiros para a solução de problemas reais da economia, como a compra e venda de um veículo, por exemplo. A operacionalização desses serviços será feita por meio de contratos inteligentes (smart contracts) criados pelos participantes da plataforma.

O BC publicou, nessa quarta-feira, 26/02, a decisão por não incluir, nesse momento, novos casos na segunda fase do Piloto Drex. O Piloto se mostrou desafiante do ponto de vista tecnológico, e vem demandando na segunda fase um acompanhamento mais intensivo do que o antecipado. O BC entendeu ainda que as propostas submetidas não apresentaram diferenciação suficiente em relação aos casos já em teste que justificasse a alocação de recursos necessária para seu acompanhamento.

A partir dos resultados da 2ª fase do Piloto Drex, o BC definirá os próximos passos do Projeto. “O BC só avançará nas soluções que garantam privacidade, proteção de dados e segurança das transações”, finalizou Fabio Araujo. 

Saiba mais 

Conheça mais sobre o Drex no site do BC ou em um dos BC te Explica sobre o tema:

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Fonte: Banco Central do Brasil – 27/02/2025

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